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A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou na tarde deste domingo (6), o afastamento por 30 dias do Presidente da entidade Rogério Caboclo, em decisão tomada pela Comissão de Ética da CBF. O vice mais velho, Antônio Carlos Nunes, assume durante o período de afastamento.

Na sexta-feira (04), jogando em Porto Alegre, a Seleção brasileira derrotou a Seleção do Equador por 2×0 e manteve os 100% de aproveitamento nas Eliminatórias para a Copa de 2022, porém todos esses pontos positivos não foram suficientes para acabar com o assunto que realmente vem chamando a atenção do público e da imprensa em geral.

Nos últimos dias, diversos internautas e meios de comunicação debateram a escolha dos atletas e “staff” brasileiros em não disputar a Copa América, que, após uma decisão tomada de última hora, terá o Brasil como sede, o fator apontado como motivo dessa resistência, é que os jogadores são contra serem usados para fins políticos de um órgão que valoriza mais os seus interesses do que o futebol do próprio país.

Independente de qual seja de fato a motivação dos envolvidos, não dá para negar que o nível pífio de comunicação da Confederação brasileira de Futebol contribuiu para isso, visto que os atletas demonstraram descontentamento quando souberam da mudança de sede, visto que não foram ouvidos pelos mandatários do órgão nacional do nosso futebol.

É do conhecimento de muitos que os jogadores mais influentes que vestem a camisa amarela entraram em contato com líderes de outras seleções sul-americanas, visando convencê-los a também não entrarem em campo nas partidas da competição. Parte dos brasileiros não se empolga muito com o torneio continental, visto que não possui o mesmo peso de uma copa do mundo, cujo maior vencedor é a seleção canarinho.

Porém, existem seleções que não possuem o mesmo peso do Brasil e enxergam a Copa do nosso continente como o melhor momento de ganhar certa visibilidade, é o exemplo de Bolívia (campeã da Copa América uma única vez e que disputou o principal torneio do futebol mundial apenas três vezes, sendo a última em 1994) e Venezuela (única seleção sul-americana que nunca foi para Copa do Mundo e que possui como melhor resultado na Copa América um quarto lugar, alcançado em 2011).

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Apesar desse conturbado momento, é possível notar uma certa aproximação envolvendo o técnico e os jogadores do Brasil, tal detalhe foi fortemente percebido pelo narrador Galvão Bueno, ao dizer que o abraço de comemoração do primeiro gol na partida que ocorreu no Beira-Rio foi “emblemático”, simbolizando o forte respeito que cada um possui pelo “mister” digamos assim…

Tudo isso que o futebol brasileiro está passando é a prova que futebol e política, cedo ou tarde, acabam se misturando sim, e hoje os “cabeças” do ato estão sendo vistos como opositores do governo federal, prova disso foi a notícia que Rogério Caboclo, presidente da CBF, garantiu ao governo federal que Tite será substituído após o jogo contra o Paraguai por Renato Gaúcho, apoiador declarado da atual gestão política do país.

Porém pouco adiantou, já que, devido ao fato de estar com a moral em baixa, o então mandatário da CBF foi afastado por um mês nesse mesmo domingo, o que contribuiu foram as denúncias que ocorreram e que comprometeram seu trabalho, entre elas, a de assédio moral e sexual, que é negada por Caboclo, que agora poderá cuidar da sua defesa. Jair Bolsonaro (sem partido), que perdeu grande parte de sua popularidade no Brasil e no mundo, era um dos poucos dispostos a apoiar o presidente afastado.

É valido lembrar que o atual treinador e os atletas da nossa seleção prometeram dar respostas após a partida contra o Paraguai, último compromisso das eliminatórias antes do torneio continental e que ocorrerá na terça, dia 8, em Assunção.

Ítalo Cavalcanti - São Luís-MA | Beto Sperandio - Curitiba-PR
Foto: Reprodução/Redes Sociais

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